Mostra SACI encerra mês do folclore no cinema
- Andriolli Costa
- 28 de ago.
- 6 min de leitura

A Mostra Saci - Somando Arte no Cinema Independente será realizada presencialmente pela primeira vez no próximo dia 29 de agosto, no Rio de Janeiro. O evento, que exibirá 20 curtas-metragens de animação e ficção com temática folclórica, ocorrerá no cinema Estação Net Botafogo, com três sessões gratuitas programadas para as 18h, 19h30 e 21h.
A mostra é uma realização do Coletivo FolcloreBR em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), através de projetos de extensão universitária. As produções selecionadas representam 12 estados brasileiros, incluindo Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
De acordo com o professor Andriolli Costa (UERJ), um dos organizadores do evento, a iniciativa busca "mostrar, por meio do diálogo com a cultura pop, como o folclore não é só mitos e lendas".
Ingressos limitados
Os ingressos gratuitos estão disponíveis na plataforma Sympla, com 30 vagas por sessão. A organização informa que será observado um tempo de tolerância de 10 minutos para ocupação dos lugares, após o qual os assentos serão liberados para o público em espera.
A sessão das 18h será dedicada ao público infantil, com animações de aproximadamente 50 minutos de duração e mediação da educadora Carolina Grimião (UFF).
SERVIÇO
Mostra Saci - Somando Arte no Cinema Independente
Data: 29 de agosto (sexta-feira)
Local: Estação Net Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 - Botafogo)
Horários: 18h (infantil) | 19h30 | 21h
Classificação: Livre
Entrada: Gratuita (ingressos limitados via Sympla)
Links:
• 18h: sympla.com.br/evento/mostra-saci-sessao-infantil/3078332
• 19h30: sympla.com.br/evento/mostra-saci---sessao-livre-i/3078333
Confira abaixo a programação:
A) Sessão Infantil (18h)
Eu e o Boi, o Boi e Eu (Jane Carmen Oliveira, MG, 2024, 5 min.)
Uma menina, amedrontada após escutar o relato da mãe sobre o temido Boi da Manta, tem sua primeira experiência na festa pedroleopoldense, que culmina no encontro com o Boi. Após o estranhamento inicial, o medo se esvai e dá lugar ao fascínio, ao reconhecimento e à admiração por essa criatura, e pela festa do Boi da Manta como um todo.
Comadre Florzinha (Raiz Diniz, PB, 2025, 10 min.)
Laís é uma menina sonhadora, filha de Iara, uma sereia que se tornou humana. Ela tem um livro que guarda o título de posse da Floresta Verde. Comadre Florzinha, sua madrinha, precisa desse título para salvar a floresta.
Lá vem o Boi (Thiago Barba, SC, 2023, 3 min.)
"Lá Vem o Boi" homenageia a Brincadeira do Boi-de-Mamão, uma tradição da Cultura Popular Catarinense. A história gira em torno de uma benzedeira que ressuscita um boi, e logo em seguida, toda a comunidade – composta por pessoas e animais – se reúne para celebrar em uma festa animada.
Min e as mãozinhas em Olha lá, a Iara! (Paulo Henrique Rodrigues, PR, 2025, 6 min.)
Min e as mãozinhas é o primeiro desenho animado em LIBRAS. Nesse episódio especial, os personagens encontram um peixe, um peixe grande, ou seria um tubarão? Nada disso, é a IARA! Com ela aprenderemos alguns sinais (palavras em LIBRAS) e o folclore brasileiro.
Zacimba Gaba: A Princesa de Cabinda (Thiago Fernandes, MG, 2025, 5 min)
O filme conta a história de uma princesa angolana do século 17 que foi escravizada e trazida para o Brasil. Corajosa e determinada, Zacimba liderou uma revolta, libertou seu povo e fundou um quilombo no Espírito Santo. Sua luta pela liberdade e justiça inspirou gerações, tornando-se um símbolo de resistência contra a escravidão. A narrativa é apresentada por uma avó à sua neta, destacando o legado de coragem e esperança de Zacimba Gaba.
Babau - Sanfoneiro Sonhador (Carlos Mosca, PB, 2025, 15 min.)
Babau, um sanfoneiro solitário, sonha com Maria Bonita vindo lhe presentear com sua caixa de jóias.
Córgo do Meio (Davi Guedes, MG, 2025, 3 min.)
Videoclipe de uma canção de gênero regional, gravada com vozes, violão e viola caipira que se baseia nas memórias de quem viveu na roça durante toda a infância e início da adolescência para falar sobre medo, respeito e coragem. Um cenário preenchido pelo esturro da onça, pelo canto supostamente agourento do curiango e pela ameaça do boitatá, que poderia surgir a qualquer momento no escuro das capoeiras e da mata.
B) Sessão I - Tradições em Movimento (19h30)
Yara (Gabi Torres, Ana Benevides, Rio de Janeiro, 2024, 3 min)
A vida de um jovem pescador toma um rumo sombrio quando ele desperta uma força misteriosa no Rio Amazonas. Assombrado por uma criatura, a realidade e o sobrenatural começam a se confundir, levando-o a um destino incerto.
Derradeiro de Maio (Eduardo Consonni, Rodrigo Marques, São Paulo, 2022, 9 min.)
Na vila de Mata Grande, sertão da Paraíba, Dona Anita e sua banda cabaçal realizam um festejo em homenagem a Nossa Senhora, que acontece no último dia de maio, uma tradição familiar que começou com seu bisavô.
Raiz Cultural (Márcia Mística, Rio de Janeiro, 2024, 16 min.)
Maria e Chiquinho, o casal pioneiro da Ciranda de Tarituba, mostram grupos tradicionais da cidade de Paraty por meio de suas memórias. Em meio às memórias do casal, há apresentações de Jongo, Tambor de Crioula, Capoeira, Carimbó, Samba de roda, Maracatu, Coral Guarani, Xondaro guarani, Ciranda de Tarituba em vários pontos da cidade, enquanto o filme enfatiza o trabalho cotidiano de um caiçara.
A Queima de Judas de 1992 (Rodrigo Chaves, Saulo Chaves, Belo Horizonte, 2021, 12 min.)
Também conhecida como Malhação de Judas, esta é uma tradição que ocorre em diversas partes do país. O filme recupera a relação da tradição com o vilarejo de Vianópolis em Betim/MG, mostrando não só os costumes locais da época, mas fazendo uma reflexão sobre memória familiar afetiva do autor.
Era uma vez... em cordel (Bruno Rafael, Rio de Janeiro, 2025, 20 min.)
Elba Ramalho declama uma poesia que descreve a história da literatura de cordel pelo mundo, enquanto conhecemos Manoel de Santa Maria, um cordelista que, assim como muitos, aprendeu a ler na infância ao recitar versos para seu pai analfabeto.
Eu e o Boi, o Boi e Eu (Jane Carmen Oliveira, Minas Gerais, 2024, 5 min.)
Uma menina, amedrontada após escutar o relato da mãe sobre o temido Boi da Manta, tem sua primeira experiência na festa pedroleopoldense, que culmina no encontro com o Boi. Após o estranhamento inicial, o medo se esvai e dá lugar ao fascínio, ao reconhecimento e à admiração por essa criatura, e pela festa do Boi da Manta como um todo.
Essa é a Nossa Bandeira (Mateus Carvalho, Rio de Janeiro, 2025, 13 min.)
Documentário que acompanha o cortejo da Folia de Reis Sagrado Coração de Jesus, liderado por Mestre Washington, no interior da Baixada Fluminense. No dia de Natal, o grupo caminha por horas sob o sol, cruzando bairros entre a fé e a celebração, ao visitar as casas de fiéis foliões que cumprem suas promessas.
C) Sessão II – Encantarias Brasileiras (21h)
A pisada é delas - Mulheres do Coração Nazareno (Patricia Yara Rocha, Pernambuco, 2024, 15 min)
Reunindo histórias de vida de mulheres do único maracatu rural exclusivamente feminino, o Coração Nazareno, da cidade de Nazaré da Mata, Pernambuco, o documentário aborda a luta e a resistência feminina pela igualdade de gênero no campo cultural e social.
Uivos de Itaitinga (Evaldo Santos, Ceará, 2025, 12 min.)
Através de relatos pessoais, três moradores de Itaitinga, cidade da região metropolitana de Fortaleza, reconstroem suas histórias e lembranças com um dos personagens míticos mais conhecidos do imaginário popular: O lobisomem.
5 fitas (Heraldo de Deus e Vilma Martins, Bahia, 2020, 15 min.)
Em Salvador, todo ano acontece a tradicional festa para Senhor do Bonfim, onde fiéis, turistas e foliões, peregrinam até a famosa igreja para amarrar fitas e fazer pedidos. Os irmãos Pedro e Gabriel, ouvem desde cedo as histórias da avó e decidem se aventurar sozinhos para fazer um pedido especial. Lá eles aprendem sobre religiosidade, sincretismo e importância da família.
Guardiões da Cobra Grande (Yago de Almeida, Pará, 2025, 10 min)
Nas profundezas da Amazônia, uma criatura dorme há mil anos. Seu sono é protegido pelos Guardiões, mas um erro pode colocar tudo em risco... Guardiões da Cobra Grande é uma animação inspirada nas tradições amazônicas, misturando aventura, magia e legado.
Amanhã ele vai (Heitor Castro, Minas Gerais, 2025, 5 min.)
Numa comunidade rural onde o tempo parece suspenso, uma benzedeira prepara rituais ancestrais sob a luz da lua cheia. A chegada do misterioso Bacurau, ave que anuncia a morte, desencadeia uma noite de conexão espiritual e aceitação do destino. Entre feijoada, cantos e pipoca, o orixá Omolu guia a transição de um homem, revelando a força das tradições afro-indígenas na forma como o povo brasileiro encara a morte, a cura e o sagrado.
Eu Vi Um Lobisomem ( Thiago Beckenkamp, Rio Grande do Sul, 2024, 10 min.)
No ano de 1954, Hugo (Rafael Rodrigues Oliveira), um menino de 8 anos, vive com sua mãe, Luíza (Fernanda Florence Kuhleis), seu pai, Manoel (Bruno Pontes) e seu irmão, Pedro (João Victor Loreto) em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul. Na vizinhança, circulam boatos, e até mesmo acusações, de que um dos moradores é um lobisomem.
João Bananeira - Gastação Infinita (Patrick Gomes e Hecthor Murilo, Espírito Santo, 2025, 7 min.)
A obra narra a jornada de Alex, um jovem rebelde que se rende à cultura americana e rejeita a cultura regional. Preso à ilusão de grandeza estrangeira, vê sua visão desafiada quando sua guitarra é roubada por João Bananeira, figura característica do folclore capixaba. A partir daí, começa uma perseguição que se transforma em uma busca pela própria identidade.













































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