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Mostra SACI inicia o mês do folclore com chamada para cineclubes

Atualizado: 13 de ago.


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Sotaque, memória e encantamento prometem encher as telas de cineclubes de todo o Brasil com a Amostra da Mostra SACI — Somando Arte no Cinema Independente. Com proposta de exibições online e presencial para grupos parceiros durante o mês do folclore, três sessões de curtas-metragens com que celebram a diversidade e potência das tradições culturais do país serão disponibilizadas pela organização. Confira abaixo como se candidatar.

 

Realizada pelo Coletivo Folclore BR, em parceria com os coletivos Belacqua, Causos Gerais e Amuleto Filme, a Mostra SACI é uma seleção aberta já em seu terceiro ano de existência. Em 2025, foram quase 200 filmes submetidos, com 48 selecionados. A transmissão oficial acontece online, no canal www.youtube.com/folclorebr , nos dias 22, 23 e 24 de agosto. No entanto, escolas e grupos parceiros estão sendo convocados para exibir versões reduzidas – a Amostra da Mostra – com sessões confirmadas no Rio de Janeiro, Petrópolis (RJ), Manaus (AM), Juiz de Fora e Belo Horizonte (MG).

 

Em sua versão para distribuição nos cineclubes, a Amostra da Mostra é realizada pelos projetos de extensão da UERJ “Patrimônio – livro de registro sonoro” e “Cineclube do décimo. O evento integra o pré-evento da 22ª Conferência Brasileira de Folkcomunicação — Folkcom 2025, que acontece de 29 a 31 de outubro na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A conferência é promovida pela UERJ em conjunto com a Rede Folkcom, com financiamento da Capes, por meio do edital PAEP 2024. Os professores Andriolli Costa (UERJ) e Carolina Grimão (UFF), ambos integrantes da Rede Folkcom, atuaram na curadoria dos filmes.


As sessões:

Para os cineclubes e escolas de todo país, a organização reuniu alguns dos filmes selecionados para a Mostra SACI para uma versão reduzida, dividida em três sessões a partir de grupos temáticos para tornar a exibição mais acessível aos espaços disponibilizados: Sessão Infantil, Sessão I e Sessão II. A primeira traz animações e histórias de aventura ligadas a seres fantásticos, princesas afro-brasileiras e muita música.


A segunda, cujo título é “Tradições em Movimento”, é mais voltada para curtas documentais que exaltam as manifestações culturais como práticas vivas de memória, fé, festa e identidade focadas no Sudeste. Por fim, a última sessão traz o tema “Encantarias Brasileiras”. Com filmes de diversas regiões, esta seleção traz lobisomens, benzedores, guardiões da Cobra Grande e mostram como folclore – e a folkcomunicação – são espaços de disputa simbólica e afirmação cultural.


Inscrições:

O Cineclube que deseja exibir uma das sessões deve preencher o formulário disponível no link: https://forms.gle/8Lxi73ScL4a4TQ5t8. A participação é gratuita, mas para integrar a seleção é preciso fornecer detalhes como local e data de exibição, perfil das redes sociais do cineclube, devendo ainda se comprometer a não divulgar os filmes para além do período proposto. O parceiro também assume o compromisso de enviar uma devolutiva para o grupo, com fotos e registros das apresentações da Mostra na sessão de sua responsabilidade.


A exibição, necessariamente, deve ocorrer entre os dias 18 e 26 de agosto de maneira presencial ou online. Em ambos os casos o responsável receberá um link restrito do canal do FolcloreBR contendo os arquivos da sessão. Os links não estarão mais disponíveis após esta data em respeito ao acordo feito com os produtores que submeteram seus filmes para a Mostra.


Confira abaixo a programação:


A) Sessão Infantil (18h)


Eu e o Boi, o Boi e Eu (Jane Carmen Oliveira, MG, 2024, 5 min.)

 

Uma menina, amedrontada após escutar o relato da mãe sobre o temido Boi da Manta, tem sua primeira experiência na festa pedroleopoldense, que culmina no encontro com o Boi. Após o estranhamento inicial, o medo se esvai e dá lugar ao fascínio, ao reconhecimento e à admiração por essa criatura, e pela festa do Boi da Manta como um todo.

 

Comadre Florzinha (Raiz Diniz, PB, 2025, 10 min.)

Laís é uma menina sonhadora, filha de Iara, uma sereia que se tornou humana. Ela tem um livro que guarda o título de posse da Floresta Verde. Comadre Florzinha, sua madrinha, precisa desse título para salvar a floresta.

 

Lá vem o Boi (Thiago Barba, SC, 2023, 3 min.)

"Lá Vem o Boi" homenageia a Brincadeira do Boi-de-Mamão, uma tradição da Cultura Popular Catarinense. A história gira em torno de uma benzedeira que ressuscita um boi, e logo em seguida, toda a comunidade – composta por pessoas e animais – se reúne para celebrar em uma festa animada.

 

Min e as mãozinhas em Olha lá, a Iara!    (Paulo Henrique Rodrigues, PR, 2025, 6 min.)

Min e as mãozinhas é o primeiro desenho animado em LIBRAS. Nesse episódio especial, os personagens encontram um peixe, um peixe grande, ou seria um tubarão? Nada disso, é a IARA! Com ela aprenderemos alguns sinais (palavras em LIBRAS) e o folclore brasileiro.

 

Zacimba Gaba: A Princesa de Cabinda (Thiago Fernandes, MG, 2025, 5 min)

O filme conta a história de uma princesa angolana do século 17 que foi escravizada e trazida para o Brasil. Corajosa e determinada, Zacimba liderou uma revolta, libertou seu povo e fundou um quilombo no Espírito Santo. Sua luta pela liberdade e justiça inspirou gerações, tornando-se um símbolo de resistência contra a escravidão. A narrativa é apresentada por uma avó à sua neta, destacando o legado de coragem e esperança de Zacimba Gaba.

 

Babau - Sanfoneiro Sonhador (Carlos Mosca, PB, 2025, 15 min.)

Babau, um sanfoneiro solitário, sonha com Maria Bonita vindo lhe presentear com sua caixa de jóias.

 

Córgo do Meio (Davi Guedes, MG, 2025, 3 min.)

Videoclipe de uma canção de gênero regional, gravada com vozes, violão e viola caipira que se baseia nas memórias de quem viveu na roça durante toda a infância e início da adolescência para falar sobre medo, respeito e coragem. Um cenário preenchido pelo esturro da onça, pelo canto supostamente agourento do curiango e pela ameaça do boitatá, que poderia surgir a qualquer momento no escuro das capoeiras e da mata.

 


 

B) Sessão I - Tradições em Movimento (19h30)



Yara (Gabi Torres, Ana Benevides, Rio de Janeiro, 2024, 3 min)

A vida de um jovem pescador toma um rumo sombrio quando ele desperta uma força misteriosa no Rio Amazonas. Assombrado por uma criatura, a realidade e o sobrenatural começam a se confundir, levando-o a um destino incerto.

 

Derradeiro de Maio (Eduardo Consonni, Rodrigo Marques, São Paulo, 2022, 9 min.)

Na vila de Mata Grande, sertão da Paraíba, Dona Anita e sua banda cabaçal realizam um festejo em homenagem a Nossa Senhora, que acontece no último dia de maio, uma tradição familiar que começou com seu bisavô.

 

Raiz Cultural (Márcia Mística,  Rio de Janeiro, 2024, 16 min.)

Maria e Chiquinho, o casal pioneiro da Ciranda de Tarituba, mostram grupos tradicionais da cidade de Paraty por meio de suas memórias. Em meio às memórias do casal, há apresentações de Jongo, Tambor de Crioula, Capoeira, Carimbó, Samba de roda, Maracatu, Coral Guarani, Xondaro guarani, Ciranda de Tarituba em vários pontos da cidade, enquanto o filme enfatiza o trabalho cotidiano de um caiçara.

 

A Queima de Judas de 1992 (Rodrigo Chaves, Saulo Chaves, Belo Horizonte, 2021, 12 min.)

Também conhecida como Malhação de Judas, esta é uma tradição que ocorre em diversas partes do país. O filme recupera a relação da tradição com o vilarejo de Vianópolis em Betim/MG, mostrando não só os costumes locais da época, mas fazendo uma reflexão sobre memória familiar afetiva do autor.

 

Era uma vez... em cordel (Bruno Rafael, Rio de Janeiro, 2025, 20 min.)

Elba Ramalho declama uma poesia que descreve a história da literatura de cordel pelo mundo, enquanto conhecemos Manoel de Santa Maria, um cordelista que, assim como muitos, aprendeu a ler na infância ao recitar versos para seu pai analfabeto.

 

Eu e o Boi, o Boi e Eu (Jane Carmen Oliveira, Minas Gerais, 2024, 5 min.)

Uma menina, amedrontada após escutar o relato da mãe sobre o temido Boi da Manta, tem sua primeira experiência na festa pedroleopoldense, que culmina no encontro com o Boi. Após o estranhamento inicial, o medo se esvai e dá lugar ao fascínio, ao reconhecimento e à admiração por essa criatura, e pela festa do Boi da Manta como um todo.

 

Essa é a Nossa Bandeira (Mateus Carvalho, Rio de Janeiro, 2025, 13 min.)

Documentário que acompanha o cortejo da Folia de Reis Sagrado Coração de Jesus, liderado por Mestre Washington, no interior da Baixada Fluminense. No dia de Natal, o grupo caminha por horas sob o sol, cruzando bairros entre a fé e a celebração, ao visitar as casas de fiéis foliões que cumprem suas promessas.

 

 

C) Sessão II – Encantarias Brasileiras (21h)

 

A pisada é delas - Mulheres do Coração Nazareno        (Patricia Yara Rocha, Pernambuco, 2024, 15 min)

Reunindo histórias de vida de mulheres do único maracatu rural exclusivamente feminino, o Coração Nazareno, da cidade de Nazaré da Mata, Pernambuco, o documentário aborda a luta e a resistência feminina pela igualdade de gênero no campo cultural e social.

 

Uivos de Itaitinga     (Evaldo Santos, Ceará, 2025, 12 min.)

Através de relatos pessoais, três moradores de Itaitinga, cidade da região metropolitana de Fortaleza, reconstroem suas histórias e lembranças com um dos personagens míticos mais conhecidos do imaginário popular: O lobisomem.

 

5 fitas (Heraldo de Deus e Vilma Martins, Bahia, 2020, 15 min.)

Em Salvador, todo ano acontece a tradicional festa para Senhor do Bonfim, onde fiéis, turistas e foliões, peregrinam até a famosa igreja para amarrar fitas e fazer pedidos. Os irmãos Pedro e Gabriel, ouvem desde cedo as histórias da avó e decidem se aventurar sozinhos para fazer um pedido especial. Lá eles aprendem sobre religiosidade, sincretismo e importância da família.

 

Guardiões da Cobra Grande (Yago de Almeida, Pará, 2025, 10 min)

Nas profundezas da Amazônia, uma criatura dorme há mil anos. Seu sono é protegido pelos Guardiões, mas um erro pode colocar tudo em risco... Guardiões da Cobra Grande é uma animação inspirada nas tradições amazônicas, misturando aventura, magia e legado.

 

Amanhã ele vai         (Heitor Castro, Minas Gerais, 2025, 5 min.)

Numa comunidade rural onde o tempo parece suspenso, uma benzedeira prepara rituais ancestrais sob a luz da lua cheia. A chegada do misterioso Bacurau, ave que anuncia a morte, desencadeia uma noite de conexão espiritual e aceitação do destino. Entre feijoada, cantos e pipoca, o orixá Omolu guia a transição de um homem, revelando a força das tradições afro-indígenas na forma como o povo brasileiro encara a morte, a cura e o sagrado.

 

Eu Vi Um Lobisomem ( Thiago Beckenkamp, Rio Grande do Sul, 2024, 10 min.)

No ano de 1954, Hugo (Rafael Rodrigues Oliveira), um menino de 8 anos, vive com sua mãe, Luíza (Fernanda Florence Kuhleis), seu pai, Manoel (Bruno Pontes) e seu irmão, Pedro (João Victor Loreto) em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul. Na vizinhança, circulam boatos, e até mesmo acusações, de que um dos moradores é um lobisomem.

 

João Bananeira - Gastação Infinita (Patrick Gomes e Hecthor Murilo, Espírito Santo, 2025,  7 min.)

A obra narra a jornada de Alex, um jovem rebelde que se rende à cultura americana e rejeita a cultura regional. Preso à ilusão de grandeza estrangeira, vê sua visão desafiada quando sua guitarra é roubada por João Bananeira, figura característica do folclore capixaba. A partir daí, começa uma perseguição que se transforma em uma busca pela própria identidade.


 
 
 

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