
Manifestações Folkcomunicacionais como propulsoras de empoderamento social no ponto de cultura estrela de ouro, em Aliança-PE
Júnia Martins
2014
Henrique Paiva de Magalhães
Orientador(a):
Situado na zona rural do município de Aliança-PE, o Sítio Chã de Camará concentra manifestações de cultura popular desde 1966 especialmente, ano em que o Mestre Batista fundou o Maracatu Rural Estrela de Ouro. A história do lugar se confunde com a história do maracatu, do cavalo-marinho, das cirandas e da economia canavieira, atividades inerentes à Zona da Mata Norte pernambucana. Em 2004, o Estrela de Ouro se tornou o primeiro grupo do Nordeste contemplado como Ponto de Cultura (PC). Ponto de Cultura é a principal ação do Programa Cultura Viva, que viabiliza recursos para projetos culturais de instituições sem fins lucrativos para atividades lúdicas, artísticas, socioculturais e de inclusão digital à comunidade. Todo PC, em sua práxis, convive com elementos ligados à comunicação social – produção audiovisual como finalidade ou meio de registro e difusão das atividades culturais, na apropriação de instrumentos de comunicação e suas técnicas por classes marginalizadas – o que corrobora o estudo do ponto de vista da folkcomunicação. Ampliação e potencialização do acesso aos meios de produção; fruição e formação cultural; ações de cidadania, comunicação, educação e arte; geração de emprego e renda; valorização da identidade e da memória; acredita-se que tais quesitos, subsidiados por manifestações folkcomunicacionais, estimulem o empoderamento social individual e coletivo na comunidade em questão. A presente dissertação, inscrita na Linha de Pesquisa Mídia e Cotidiano, analisa, portanto, as manifestações folkcomunicacionais do PC Estrela de Ouro. Para isso, as identifica, delineia e descreve, apresentando circunstâncias possíveis de empoderamento, passando ainda pela descrição dos seus ativistas midiáticos. Teoricamente, o estudo de caso tem como base o tripé: 1. Folkcomunicação, teoria criada por Luiz Beltrão; 2. Empoderamento Social; e 3. Ponto de Cultura. O método adotado é o etnográfico, com utilização, entre outros instrumentos, de observação assistemática, registro fotográfico e entrevistas. A abordagem é qualitativa, de cunho exploratório e a análise tem caráter interpretativo.
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