
Aproximações entre a cultura underground e os grupos culturalmente marginalizados da folkcomunicação
Andréa Karinne Albuquerque Maia
Folkcom
2013
Luiz Beltrão (1980) definiu a existência de três grupos na teoria da folkcomunicação, entre eles encontram-se os grupos culturalmente marginalizados, urbanos ou rurais. Nesse sentido, busca-se lançar um olhar sobre a cultura underground, na medida em que, ela se utiliza de estratégias de resistência e contestação ao status quo estabelecido. Esse tipo de manifestação surgiu no contexto dos movimentos contraculturais desenvolvidos a partir da década de 1950 nos Estados Unidos. Nessa perspectiva, pretende-se traçar alguns percursos históricos da cultura underground, buscando compreender sua gênese e características que a aproximam dos grupos culturalmente marginalizados propostos por Beltrão. A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica relacionada à contracultura, folkcomunicação e cultura. Conclui-se que, os participantes da cultura underground podem ser classificados como um grupo culturalmente marginalizado. Tendo em vista que, representantes desse tipo de cultura se organizam para atuar no combate ao sistema social estabelecido, por meio da criação de instrumentos de comunicação próprios, que acabam por reforçar o seu caráter marginal.
